domingo, 22 de maio de 2011

Semanas de dança

O corpo tem muito a dizer, essa é a proposta das Semanas de Dança 2011 que trarão espetáculos de dança contemporânea para São Paulo. Com o subtítulo Públicos, a proposta é integrar o público dentro da dança proposta deixando aflorar os sentimentos.
As apresentações começaram em 5 de maio e vão até 26 de junho no Centro Cultural São Paulo, onde a mostra acontece desde 1990. São apresentados projetos inéditos de companhias que querem mostrar suas montagens em uma temporada, também tem uma mostra dedicada às crianças.

Confira a programação:

de 19 a 28/5
Tráfego (2010)
com: Cia. 4 Nova Dança - concepção e direção: Cristiane Paoli Quito - assistência de direção: Maurício Paoli Vieira
Movimento final da Trilogia influência (2008-2010). Nos movimentos anteriores, para sustentar a intensidade dramática do suspense e do melodrama, o cômico - característica marcante do trabalho da Cia. Nova Dança 4 - fora deixado de lado. Agora, investiga-se as possibilidades de convivência entre composições coreográficas cômicas e de suspense. Em Tráfego é o cinema que, mais uma vez, exerce influência. (60min, livre) - Quinta a domingo, às 21h
Entrada franca - retirada de ingressos: na bilheteria (terça a domingo, das 10h às 22h), somente na semana da apresentação
Sala Jardel Filho (324 lugares)


de 27 a 29/5
Kodak
realização: 15º Festival Cultura Inglesa - concepção, criação e performance: Neto Machado
No antigo cinema do centro, o rolo de filme roda uma sequência de quadros. Na tela grande, a ilusão de movimento. O cara pula, cai, sangra, respira, vira a cabeça, segue firme e corre enquanto o prédio se estilhaça. Todo. Quadro a quadro. Olho atento, pipoca no carpete, surround sound e o próximo quadro numa velocidade que nos impede de vê-lo como um. Todo. Uma questão de tempo.
S e o f o t o g r a m a s e s e p a r a a i l u s ã o v i r a o u t r a (40min, livre) - Sexta a domingo, às 19h
Entrada franca - retirada de ingressos: na bilheteria (terça a domingo, das 10h às 22h), somente na semana da apresentação
Espaço Cênico Ademar Guerra (80 lugares)


de 26 a 29/5
Dimensão Oculta (2006)
com: Cia. Danças - direção: Claudia de Souza
Inspirado em ideias e textos do antropólogo americano Edward T. Hall, conhecido por suas pesquisas sobre comunicação intercultural, Dimensão Oculta é um trabalho de exploração das relações corporais, sob uma ótica biológica, espaciais e sensoriais. Os corpos híbridos dos intérpretes, característicos da linguagem da Cia., experimentam corporal, verbal e sensorialmente as ideias desse pensador e tornam o espaço e os sentidos elementos dramatúrgicos essenciais dessas relações, passeando por diferentes situações: distância pessoal, distância social, distância íntima, o contato e o não contato, espaço olfativo, visual e auditivo. (60 min, livre) - Quinta a domingo, às 20h
Entrada franca - retirada de ingressos: na bilheteria (terça a domingo, das 10h às 22h), somente na semana da apresentação
Espaço Cênico Ademar Guerra (80 lugares)


Espetáculos mediado - Bastidores da dança - com: Cia. Danças e equipe DACE - dia 25/5, quarta, das 20h às 22h. A companhia propõe um mergulho nos bastidores da dança, conversando com o público a respeito de questões referentes à apresentação de espetáculos, suas questões técnicas, de luz, som, cenografia. O objetivo é compartilhar, de maneira clara, as ferramentas utilizadas pelo grupo e aproximar o público em geral do "fazer cênico". (40 vagas) - público: interessados em geral - agendamento para família, grupos e escolas pelo e-mail visitasccsp@prefeitura.sp.gov.br - informações: tel. 3397-4036- Espaço Cênico Ademar Guerra

de 2 a 5/6
Linhagens (2009)
com: Grupo Pró-Posição - concepção e direção: Andréia Nuhr e Janice Vieira
Parte final da trilogia, iniciada com Swan - Corpo Adaptado (2007) e seguida de O Cisne, minha mãe e eu (2008), LinhaGens relança e dá continuidade às atividades do Grupo Pró-posição (1973-1983). Em cena, mãe e filha bailarinas destrincham as historicidades de seus corpos, colapsando passado e presente como emergências de tempos multidirecionais, não causais, não factuais. Um jogo entre heranças e linhagens que o corpo pode carregar, modificar, variar. (40min, livre) - Quinta a domingo, às 19h
Entrada franca - retirada de ingressos: na bilheteria (terça a domingo, das 10h às 22h), somente na semana da apresentação
Espaço Cênico Ademar Guerra (80 lugares)


de 2 a 5/6
Verdades Inventadas (2008)
com: Thembi Rosa (MG), O Grivo (MG) e Rivane Neuenschwander - concepção: Thembi Rosa
Em Verdades Inventadas a dançarina e coreógrafa Thembi Rosa investiga as relações entre som e movimento a partir da instalação Alarm floor, de Rivane Neuenschwander, realizada em parceria com o duo musical O Grivo. Esse chão sonoro é inspirado em sistemas de alarmes mecânicos adotados em antigos templos japoneses que, ao serem pisados, produzem sons, avisando sobre a chegada de alguém. A instalação é formada por um piso de tábuas de pinus composta de um mecanismo sonoro que, quando acionado, dispara sons diferenciados, captados por microfones e amplificados. A correlação entre som e movimento, além da instabilidade desse piso são os principais fatores responsáveis por aguçar a percepção e instigar, a cada apresentação, novas conexões coreográficas. (30min, livre) - Quinta a domingo, às 20h
Entrada franca - retirada de ingressos: na bilheteria (terça a domingo, das 10h às 22h), somente na semana da apresentação
Espaço Cênico Ademar Guerra (80 lugares)


de 2 a 12/6
Fronteiras Móveis (2007)
com: Núcleo Artérias - concepção e direção: Adriana Grechi
Espetáculo que discute incerteza, medo e vulnerabilidade sob a perspectiva do corpo. Neste trabalho, o Núcleo Artérias investigou dispositivos de conexão que geram oposições e tensões entre os performers provocando sucessivas instabilidades em seus corpos. A partir da interferência de câmeras instaladas no palco, imagens em vídeo são captadas e manipuladas em tempo real. Essas imagens vigiam e expandem o espaço da cena criando, ao mesmo tempo, novos problemas e desestabilizações para os performers. (60min, a partir de 14 anos) - Quinta a domingo, 21h
Entrada franca - retirada de ingressos: na bilheteria (terça a domingo, das 10h às 22h), somente na semana da apresentação
Sala Jardel Filho (324 lugares)


de 9 a 12/6
Use o assento para flutuar (2010)
Dipconcepção e direção: Naiá Delion (RJ)
Trabalho solo desenvolvido no contexto do projeto Colaboratorio, programa de residência artística promovido pelo Festival Panorama de Dança na cidade do Rio de Janeiro. O ponto de partida foi a criação de um inventário, contendo elementos impulsionados pela intensa convivência entre os artistas residentes. Inventariar permanentemente o que se tem (ou pelo que se é tido); insistir em desistir muito, foram algumas das estratégias encontradas para lidar com questões como desmoronamento, acidente, ruína, permanência, deserção, flutuação, alegria. (40min, a partir de 12 anos) - Quinta a domingo, às 19h
Entrada franca - retirada de ingressos: na bilheteria (terça a domingo, das 10h às 22h), somente na semana da apresentação
Espaço Cênico Ademar Guerra (80 lugares)


de 9 a 12/6
Ecos
com: Cia. Fragmento De Dança - concepção e direção: Vanessa Macedo
Ecos propõe uma encenação que reúne a construção estética e dramatúrgica recorrente nos últimos quatro trabalhos da Cia., que se insraram em artistas mulheres. A pesquisa começou em 2006 com Frida Kahlo e chegou a 2010 com Virginia Woolf, buscando enfatizar o olhar crítico e poético dessas "personagens" femininas. Esse olhar é metaforizado no corpo a fim de discutir questões de nossa contemporaneidade, levando em conta a estreiteza da relação vida e obra expressa numa arte confessional. (50min, a partir de 14 anos) - Quinta a domingo, 20h
Entrada franca - retirada de ingressos: na bilheteria (terça a domingo, das 10h às 22h), somente na semana da apresentação
Espaço Cênico Ademar Guerra (100 lugares)


de 16 a 19/6
Notas sobre minha mãe - Opus 2 (2010)
concepção e direção: Paula Pi
Solo de dança contemporânea que fala da relação mãe e filha. Criado a partir de vivências pessoais da bailarina e violinista Paula Pi, o espetáculo aborda o tema a partir da relação da intérprete com o violino e com elementos do universo musical, que vivencia desde os seis anos de idade. Esta obra é fruto de uma parceria entre as bailarinas Paula Pi e Clarissa Sacchelli. (40min, a partir de 12 anos) - Quinta a domingo, às 19h
Entrada franca - retirada de ingressos: na bilheteria (terça a domingo, das 10h às 22h), somente na semana da apresentação
Espaço Cênico Ademar Guerra (80 lugares)


de 16 a 19/6
Entre Contenções (2008)
concepção e direção: Eduardo Fukushima
"O trabalho apresenta três gestos básicos, que construí artesanalmente no corpo, chegando a partituras e a um determinado desenho espacial. A composição coreográfica se estabelece a partir do desenvolvimento dessas partituras em tempo real (em respeito ao momento)."
A pesquisa de Eduardo tem como foco o movimento e suas possibilidades de comunicação na sua crueza, sem interfaces de elementos cênicos, sendo assim, com o básico de iluminação e figurino. Chegando a um corpo em contenções e entre essas contenções há um espaço de comunicação. Este trabalho é um manifesto, um depoimento pessoal não verbal. (20min, livre) - Quinta a domingo, às 20h
Entrada franca - retirada de ingressos: na bilheteria (terça a domingo, das 10h às 22h), somente na semana da apresentação
Espaço Cênico Ademar Guerra (80 lugares)


de 16 a 19/6
Como superar o grande cansaço? (2010)
concepção e direção: Eduardo Fukushima
A partir do cansaço, do movimento e de estudos do cansaço em Nietzsche, o artista chega à pergunta que dá nome ao espetáculo e a desenvolve em linguagem corporal. Sem pretensões de respostas, usa o cansaço como potência de vontade, como principal condutor. Durante a pesquisa, concentra-se na construção de gestos e intenções dentro de uma qualidade de movimento específica, chegando a um estado corporal que se desenvolve e permanece em tempo real. Uma dança que existe no confronto com as incertezas, precariedades e fragilidades da vida, assumindo seu caráter contraditório e caótico. Uma dança que, apesar do cansaço, continua... (25min, livre) -Quinta a domingo, às 20h
Entrada franca - retirada de ingressos: na bilheteria (terça a domingo, das 10h às 22h), somente na semana da apresentação
Espaço Cênico Ademar Guerra (80 lugares)

de 16 a 19/6
Projeto Mão Dupla
A Máquina de fazer falar (2010)
com: Cia. Sansacroma - concepção e direção: Gal Martins
O espetáculo aborda um fato isolado, a rotina do Departamento Político de Auschwitz, que, entre outras coisas, servia de intermediário entre Berlim e o campo para efeitos da solução final. Ninguém conseguia apurar nada em Auschwitz sobre o destino de uma determinada pessoa. A pessoa sobre a qual se inquiria "não está e nunca esteve detida no campo" ou "não se encontra nos arquivos" - eram estas a fórmulas usuais de resposta. Mulheres, mães, jovens, filhas expostas num sistema de controle cruel, onde o corpo é uma "casca" registradora de imagens impactantes e dramáticas. Sapatos lustrados pela própria saliva, a dor e o sofrimento eram cadenciados como com conta-gotas e seguia fielmente o ritmo e a melodia do Sr. Boger. (50min, a partir de 14 anos) - Quinta a domingo, às 21h
Entrada franca - retirada de ingressos: na bilheteria (terça a domingo, das 10h às 22h), somente na semana da apresentação
Sala Jardel Filho (324 lugares)


de 18 a 26/6
Canto curioso
concepção e direção: Marina Salgado
A interrupção do Piso Flávio de Carvalho revela uma estrutura, um buraco, uma memória brincando com nossa imaginação. Nesse local específico, a dança se estabelece em um constante jogo entre o real e o imaginário. Corpo vira textura, vira plano, vira perspectiva. (20min, livre) - Sábados e domingos, às 19h
Entrada franca (sem necessidade de retirada de ingressos)
Piso Flávio De Carvalho


de 23 a 26/6
Exhibition (2010)
concepção e direção: Cláudia Müller (RJ)
Entre a dança contemporânea e as artes visuais, Exhibition explora novos territórios integrando vídeo, performance e intervenção. Este projeto desenha uma coreografia de gestos estratégicos e políticos, trazendo para primeiro plano os movimentos de construção, distribuição e agenciamento de uma obra. As convenções do sistema de arte, as relações corpo/imagem, trabalho artístico/mercadoria são levadas ao extremo por meio da fabricação de um "produto de sucesso": um espetáculo destinado a investigar os mecanismos de produção e legitimação da arte. (60min, livre) - Quinta a domingo, às 20h
Entrada franca - retirada de ingressos: na bilheteria (terça a domingo, das 10h às 22h), somente na semana da apresentação
Sala Paulo Emilio Salles Gomes (40 lugares)


de 23 a 26/6
Projeto mão dupla
Produto perecível laico
com: Cia. Borelli - concepção e direção: Sandro Borelli
Espetáculo inspirado na poesia A morte, do catarinense Cruz e Souza, considerado o mestre do simbolismo brasileiro. Por ser negro, o poeta não obteve reconhecimento em vida, sofrendo duras humilhações e perseguições raciais. Sua poesia fala de morte, angústia da perda, solidão e noite. Em cena, não há personagens, mas sentimentos, signos e dores contidos nos corpos que transitam no ambiente cênico, buscando evocar a sensação do grito sufocado, doloroso e amargurado. (60min, a partir de 16 anos) - Quinta a domingo, às 21h
Entrada franca - retirada de ingressos: na bilheteria (terça a domingo, das 10h às 22h), somente na semana da apresentação
Sala Jardel Filho (324 lugares)


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