quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Hospedaria relembra fatos de SP





O Memorial do Imigrante, também conhecido como Museu do Imigrante, funciona em um prédio que foi utilizado como Hospedaria de Imigrantes da Capital durante 91 anos. Construída entre 1886 e 1888 a hospedaria recebeu estrangeiros de 70 nacionalidades diferentes, sobretudo européias e asiáticas. Sem possuir dinheiro para se manter no Brasil, a maioria dos imigrantes ficava nela por no máximo oito dias até conseguir arrumar sua documentação e partir para as fazendas em que iriam trabalhar.

O objetivo das exposições do Museu do Imigrante é resgatar um pouco da história do país e hoje ele é um dos principais pontos turísticos e culturais da cidade de São Paulo. Além de abrigar vários documentos sobre a Hospedaria, possui salas que contam fatos da história, como a Segunda Guerra Mundial, e uma pequena fazenda de café. O visitante pode também fazer um passeio de trem que é conhecido por Maria-Fumaça.

Guilherme Engler, de 22 anos, já foi ao Museu do Imigrante para visitar uma exposição de carros antigos e interessou-se mais pelo passeio de trem. Para ele, é importante as pessoas visitarem os museus de suas cidades, pois é um meio de se conhecer a própria história.

Já o que Thales Artur dos Santos, de 18 anos, mais gostou no museu foi a exposição de quadros e estátuas. Assim como Guilherme, ele acredita ser importante as pessoas visitarem museus e recomenda a visita ao Memorial do Imigrante. “É legal poder ver o passado do Brasil, já que os imigrantes que vieram para cá influenciaram muito a nossa cultura. O museu está em perfeito estado e não há como se decepcionar”.

O museu, neste semestre, mostra algumas exposições sobre a França, em homenagem ao ano da França no Brasil, e outra sobre os 180 anos de imigração alemã em São Paulo. Durante o mês de setembro ele exibiu retratos da família brasileira, tirados pela brasileira Fifi Tong, que pertencem à exposição “Origens”. Segundo a retratista, o objetivo da exposição foi provocar discussões sobre o valor da família e mostrar a influência da carga genética na construção do povo brasileiro.

Fifi Tong disse que se inspirou em recordações de sua família, descendente de chineses de Xangai. Iniciou seu trabalho fotografando apenas mulheres mas, após perceber a diversidade da população brasileira, passou a retratar outras famílias, especialmente aquelas mais antigas, com muitas gerações.

O Memorial do Imigrante funciona de terça a domingo, das 10 às 17h, inclusive feriados. Localiza-se na Visconde de Parnaíba, 1316, na Mooca. Possui também dois auditórios que podem ser usados para apresentação de palestras e aulas e um espaço chamado de “Sala das Bandeiras”, onde é possível encontrar várias delas, cedidas por consulados e associações, e informações sobre os países ali representados.

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